segunda-feira, 28 de abril de 2008

Qing Hong

Sonhos com Xangai - 2005 - China

O cinema oriental não é tão parecido com o ocidental, a não ser a técnica do roteiro e as lentes do diretor! Com uma fotografia perfeita, Sonhos com Xangai dirigido por Xiaoshuai Wang, conta a história de uma jovem chinesa de apenas 19 anos, que se muda com a familia para uma região pobre da China.

Lá, os habitantes têm emprego em uma fábrica de metal pesado, onde todos devem obedecer as ordens do governador. O problema, é que a jovem Qing Hong, interpretada pela atriz Yuanyuan Gao, tem necessidades de jovens em se relacionar com rapazes, ou ter um sapato mais bonito ou até mais alto (algo contestável pela cultura chinesa).

O drama consegue mostrar o autoritarismo chinês da década de 60 e a cultura machista presente até no sexo entre jovens repreendidos pelo pai de Qing Hong. Afinal são sempre os pais que acreditam na prosperidade do seu país e na situação financeira da familia. Para a China um pensamento tanto capitalista no augê da revolução de Mao Tse Tung.

Um pouco parado e um tanto estranho para alguns, o longa expressa a repreensão que os chinêses sofreram sobre o chamado "dinheiro ocidente".

Como prova de que a China está superando economicamente muitos países ricos, o cinema chinês mostra através desse longa a força de vontade para manter sua população na "linha".

Comentário do autor:
Um filme pouco movimentado, se comparado com um norte-americano, mas muito curioso para cinéfilos que adoram coisas "diferentes". A acredito que o DVD desse filme vai ser encontrado apenas em locadores que não ficam só no estilo Hollywood de ser!

5 comentários:

Beto Mathos disse...

A barra de viver sob o autoritarismo e a vontade de simplesmente viver se confundem em mais uma grata surpresa do cinema chinês. Mais uma grande recomendação. Bacana!

Anônimo disse...

Hum.... eu já ouvi falar desse filme!!! Não sei onde nem quem, mas já ouvi... não me é estranho. E pela sua descrição, não sei eu iria gostar... =P

Bjoooo
Rafa

Anônimo disse...

gosto de filmes diferentes, essa é uma boa sugestão de filme, gosto também de cinema oriental, vou ver, vamos? (reveja)

Dauri Batisti disse...

Vi este filme já faz uns meses. Um sentimento que nao sei bem definir se apossou de mim durante o filme e ao final especialmente. Um sentimento, um peso, um encanto. Tudo nublado, chuvoso, perdido. Penso que o diretor conseguiu fazer doer em quem vê a situação retratada ali.

Beto Mathos disse...

A subjetividade está para a poesia, assim como a música está para a letra.