Baseado no livro de Annie Proulx, o roteiro de O segredo de Brokeback Montain foi publicado por uma revista Nova Iorquina, em 1997. Larry McMurtry e Diana Ossana o fizeram nos anos 90, mas não conseguiam terminar por falta de financiamento no projeto. Desse longo e demorado roteiro, veio a aceitação em filmar, para isso nada melhor do que ser dirigido por um cineasta Chinês (Ang lee), que pela sua história de audivisuais, amam usar e abusar da fotografia, das cores e principalmente da nostalgia.
Com iluminação e trilha sonora ousada, o cenário foi escolhido para ser o local de uma paixão gay, entre o tabu de dois cowboys extremamente "machos" e ativos socialmente. Jack Twist (Jake Gyllenhaal) e Ennie Del Mar (Heath Ledger) se tornam colegas de trabalho, amigos e amantes. Amor esse que não terminava ao longo dos anos que os separava.
Sem duvida nenhuma uma linda história de amor, se tratando de dois homens. O preconceito em cima de homossexuais naquela época em um meio rural era muito grande. Tanto é que um dos personagens não consegue se aceitar, mesmo amando o outro. Podemos ver que na maioria das histórias românticas entre homossexuais acaba em desgraça. Nesse longa, Jack morre assassinado, a mando da mulher Lureen Newsome Twist (Anne Hathaway), e o parceiro Ennie fica "viuvo".
É comprensivel pensar que um casal homossexual não possa viver feliz se tratando de um filme direcionado para o público em geral, que acreditam que isso é uma ofensa aos bons constumes. Pode se pensar também que naquela época essas situações eram menos aceitas, já que a religião bate com enorme força contra esse tipo de relação. Também tem a hipótese de que a autora da história já viveu situação parecida, e a forma dela se sociabilizar navamente foi dificil, por isso construiu um romance interligando seus sentimentos e atitudes.
O preconceito tratado de forma sutíl e romantica é melhor aceito, já que a ideologia héterossexual não vê os homossexuais como normais, mas sim como aberrações, pervertidos, tarados, sem escrupulos, muitas vezes sem carater, sem carinho e extremamente sexuais. Conceito esse que foi montado para controlar a população a favor de alguma causa.
Esse discurso de que o homem foi feito para procriar com a mulher, é trazido a tona na história de amor entre Ennis e Jack. O beijo de reencontro entre eles é um belo exemplo, já que os dois interpretaram a paixão de uma forma sentimental e não carnal. Isso fez com que a MTV Movie Awards os premiasse como o melhor na categoria Melhor Beijo. Situação que criou embaraço para os tradicionalistas, mas trouxe a liberdade pela Music Television.
Brokeback Montain teve uma grande aceitação por parte dos espectadores e da crítica, ganhou 16 prêmios, entre eles 4 Globos de Ouro (Melhor Filme de drama, Melhor Canção original, Melhor Diretor e Melhor Roteiro) e 3 Oscars (Melhor Diretor, Melhor Trilha Sonora e Melhor Roteiro Adaptado).
A filmagem rendeu bons frutos para os atores e uma esperança para os homossexuais, pois nela é retratada a conquista, o comportamento, o carinho e a paixão entre pessoas do mesmo sexo. Atitudes reprimidas a milhares de anos por manuscritos e dogmas da religião e do moralismo.
Comentários do Autor:
Crítica feita sobe encomenda (rs) para o site do Festival Nacional de Videos Universitários. Ele é antigo, mas é uma otima opção para assitir um belo filme de drama.
6 comentários:
Sim, uma boa opção. As realidades humanas, todas, merecem um olhar de atenção e respeito.
Otáviooooooo!
Que maravilha de texto!
Parabéns meu querido, fantástico.
"Brokeback Mountain" é, acima de tudo, um dos mais belos romances já produzidos por Hollywood. Embora triste, é real, tem cores fortes, trilha impecável, atuações inesquecíveis e este seu comentário escrito com muita clareza, razão e sensibilidade.
Parabéns!
Amigooooooooooo!!! saudades de vc...pensa na correria aki, nem da tempo de falar c vc no MSN...tenho novsss....bjoks
Não tem como um gay falar de brokeback sem estar carregado de emoções. Quando assisti ao filme, estava com uma prima e uma amiga, ninguém se lembra da última vez que minha prima chorou, (ela é muito seca), mas, o segredo da montanha a fez estremecer, não chorou mas ficou triste pelo final de um romance gay. Enquanto eu e minha amiga chorona, chorávamos, minha prima estava com cara de velório. Pensei... um romance dramático que causa pesares em gabi, deve ser e é, um filme que não será esquecido. Amei seu comentário, sua linha de militante gay é interessante. bjssss...
Ae, não vai atualizar o blog não?
Um abração!
Tudo de bom.
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